quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

6 HQs DA ERA "PRÉ OURO" QUE VOCÊ TEM QUE CONHECER

Por Tutatis!!!

Sim malditos, hoje iremos ver 6 dos principais HQs que eram publicados antes de Superman e da dita Era de Ouro ou Era dos heróis. Muitos fãs não conhecem (a grande maioria desconhece totalmente) esses verdadeiros clássicos da nossa querida 9ª Arte, que possibilitaram tudo o que veio depois.


Litle Nemo in Slumberland de Winsor Mccay (1905)

Maccay é considerado um dos pontos mais altos de todos os tempos na arte dos HQs, seus trabalhos, principalmente em Slumberland são ditos por muitos críticos, inigualáveis, verdadeiras obras de artes. 
Com traços de surrealismo e arte barroca, o roteiro com doses de nonsense, conta a história do pequeno Nemo que dorme e sonha com aventuras no mundo de Slumberland.
Mccay também foi um dos pioneiros da animação e chegou a lançar um sucesso: Gertie, o dinossauro, que até hoje impressiona pela movimentação do personagem. 
Depois da sua morte Mccay teve seus originais expostos no Museu de Arte Moderna de Nova York, como quase sempre acontece o reconhecimento veio somente depois da morte

Li`l Abner de Al Capp (1934)


Al Capp talvez foi um dos mais controversos autores do começo da industria dos HQs, debochado irônico e muitas vezes mal educado, destilava criticas venenosas em suas tirinhas sobre a sociedade em geral, com isso fez ao longo da vida muitos desafetos. 
Seu personagem mais famosos foi Li`l Abner (no brasil conhecido como Ferdinad) foi onde essas criticas foram mais explicitas, o personagem chegou a ter seu próprio desenho e Filme. 
Capp era um escritor de mão cheia, além das HQs escreveu para o Teatro e chegou a ter um programa de entrevistas na televisão. 
Apontado como grande satírico, nesse quesito chegou a ser comparado com o escritor Cervantes, autor de Don Quixote .

O Menino Amarelo de Richard F. Outcault (1895)


Reconhecido pela maioria dos historiadores de Quadrinhos, obra de de Outcault é apontada como primeira HQ da história, embora os elementos definidores disto vieram só em 1896 quando o artista mudou de jornal, saiu do World para o The Journal, seguindo conselhos do editor nos quais incluía o uso de balões. 
O autor ainda viria a sofrer com perda dos direitos autorais do personagem em uma disputa entre os dois jornais. 
A historia simples mostrava as peraltices de uma criança careca e orelhuda que vestia um camisolão amarelo e que vivia nos becos pobres de Nova York. 
Esse personagem foi homenageado por Frank Miller no seu Sin City.

Popeye de Edgar Cegar (1929)


Na tirinha thimble theater (publicada desde 1919) em 1929 apareceu um coadjuvante que logo se tornou o personagem mais famoso de seu criador, o marinheiro Popeye. 
Mal-humorado e com frases curtas mas contundentes, Popeye se tornou um personagem dos mais reverenciados desta época, virando desenho animado de sucesso, ganhou até mesmo um longa-metragem em 1980, quando filmes baseados em quadrinhos estavam longe de ser a febre que são hoje. 
Cegar e lembrado por conseguir escrever fora das convenções sociais da época, cada personagem seu mostrando traços de personalidade pouco louváveis, exatamente onde residia toda força cômica das histórietas.

Tarzan de Hal Foster (1929)


Aqui no traço de Hogarth.
Os direitos do livro de Edgar Rice Burroughs foram comprados por U$ 700 dólares pela, na época, toda poderosa ERC inc. 
E o projeto de transformar o livro que na época já era um Best-Seller e HQ foi para nas mãos do talentoso Hal Foster que seguiu no titulo até 1937, quando então um artista tão talentoso quanto Foster assumiu as tirinhas do rei dos macacos, Burne Hogarth, com suas ilustrações primorosa, Tarzan teve sua fase mais inspirada e inspiradora. 
Com desenhos e ritmo inigualáveis para época, até hoje é um titulo lendário. Burne é hoje considerado um Michelangelo das HQs, e chegou a ter seus trabalhos expostos no Museu do Louvre.

Fantasma de Lee Falk e Ray Moore (1936)


Depois de criar o também incrível Mandrake com Phill Davis nos desenhos, Lee Falk conseguiu novamente criar mais um ícone dos HQs, O Fantasma. 
Em conjunto desta vez com o igualmente talentoso Ray Moore, que definiu todo o visual do personagem e o clima Noir das histórias. 
Por problemas de saúde infelizmente Moore não consegui seguir no titulo por muito tempo, e o visual das historias nunca mai foi o mesmo. 
Ainda assim, O Fantasma, o espirito que anda, antecipou diversos elementos, que depois vieram a se tornar comuns na Era de Ouro das HQs.
Então, o que achou desse apanhado histórico?
Comente ai o que achou das origens no nosso querido gibi e não esqueça de compartilhar.

2 comentários:

  1. Matéria muito bacana. Essa moçada de 35 anos para baixo precisa tomar um banho de cultura e de quadrinhos mais inteligentes, como os que você citou.

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    1. Valeu pelo comentário Giorgio, é sempre bom rever e reler essas obras as vezes injustamente esquecidas. Aqui no blog vamos tentar sempre relembrar esses grandes clássicos.

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